No
dia 01 de agosto, com o vitorioso debate organizado pelo PSTU em conjunto com o
PSOL e o PCB, demos o primeiro passo na construção de uma Frente de Esquerda no
DF. A ideia de que precisamos construir uma ampla frente de esquerda nas ruas,
nas lutas, nos movimentos e sindicatos e nas eleições deu a tônica da
atividade, pautada pela compreensão de que vivemos um momento histórico que
exige, mais do que nunca, a unidade da esquerda socialista.
Sem
ela, não poderemos estar à altura dos desafios que nos colocam a situação
histórica que se abriu no país com as maiores mobilizações de massa em muitos
anos. As bandeiras levantadas nas ruas por milhões são as mesmas que há décadas
levantamos todos os dias nas lutas históricas da classe trabalhadora e da
juventude. São também as mesmas que foram sacrificadas pelo governo do PT no
altar de sua aliança com os interesses que há mais de 500 anos governam o
Brasil em prol de uma minoria cujo enriquecimento se nutre do suor de nosso
trabalho e da imensa riqueza socialmente produzida por todos nós!
A
jornada de mobilizações iniciada em junho de 2013 foi apenas o começo de nossa
luta. Para que possamos avançar, temos de estar conscientes de que, para mudar
o Brasil, será necessário nos organizarmos. Será preciso construir, no próximo
período, assembleias, comitês e outras formas de auto-organização em nossos
locais de estudo, trabalho e moradia. Para que nossa luta seja vitoriosa,
precisamos unificar as ruas, a juventude, os movimentos sociais e populares e a
classe trabalhadora organizada em torno de um programa comum que expresse a
luta histórica que travamos em defesa de nossas necessidades e direitos. A Frente
de Esquerda só terá sentido se estiver a serviço de impulsionar, unificar, fortalecer
e expandir conscientemente este processo.
Não
haverá saúde, educação e transporte público de qualidade enquanto estes
serviços continuarem privatizados e bem mais da metade do orçamento público
continuar a ser dirigido, das mais diversas formas, para financiar os lucros
dos capitalistas. Nenhuma das reivindicações das ruas pode ser atendida sem uma
política econômica que, pela primeira vez, coloque os imensos recursos do país
a serviço dos direitos e necessidades dos trabalhadores, da juventude e do povo
pobre. Os dez anos de governos petistas em aliança com a burguesia e o imperialismo
e os dois anos e meio do governo Agnelo em coligação com a burguesia
patrimonialista do DF e a direita rorizista representaram a mais clara
demonstração de que não será possível mudar este país governando em aliança com
os poderosos interesses estabelecidos, nos marcos de suas leis e instituições
carcomidas e das “regras do seu jogo”, e se valendo de seus próprios métodos e
práticas, que hoje são repudiados em massa nas ruas de todo o país.
É hora
de virar esta página. É hora de dar um passo adiante na construção da necessária
unidade dos que lutam para mudar este país. É hora de construir uma alternativa
que nos coloque para além da falsa polarização entre o PT e a direita e nos
permita construir a mais ampla unidade dos lutadores e lutadoras deste país em
torno de um programa e uma política comum. Uma alternativa a ser construída e
impulsionada cotidianamente, nas ruas e nas lutas cotidianas, pelo que há de melhor
na juventude e na classe trabalhadora do país.
Nem direita nem PT
– por um governo dos trabalhadores!
PSTU-DF
Brasília, 06 de
agosto de 2013