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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Composição do governo de Agnelo Já demonstra para quem irá governar

Ontem, Agnelo Queiroz (PT) anunciou boa parte de seus secretários e presidentes de empresas públicas. É notável a grande presença de ex-integrantes dos governos Roriz e Arruda entre os “homens” de confiança do novo governo.

Para lotear os cargos públicos o futuro governador criou dez secretarias a mais inchando a máquina pública com indicações políticas.

O PMDB do vice-governador Tadeu Filippelli, ex-partido de Roriz, conseguiu uma fatia generosa do poder: estará à frente das Secretarias de Transporte, Agricultura e Obras. Além disso, Filippelli, deverá coordenar a execução de todos os empreendimentos com recursos do PAC e provavelmente dará a palavra final sobre os contratos relacionados às obras. O PMDB deve indicar ainda os presidentes de várias empresas estatais como a Novacap e a Caesb.

Entre os ex-membros do governo Arruda: Luiz Pitiman (Secretaria de Obras), Eduardo Brandão do PV (Secretaria de Meio Ambiente) e Alírio Neto do PPS (Secretaria de Justiça). Somam-se a esses os representantes do PDT e do PSB.

Dessa forma o PT e os demais partidos, ajudam os ricos e poderosos dessa cidade, o alto empresariado, a manter e reciclarem os seus esquemas de dominação e corrupção. Os serviços públicos continuaram a serviço dos lucros desses grandes empresários e nada mais será apurado dos recentes esquemas de corrupção. O novo governo provavelmente dará continuidade aos projetos que desviam milhões do estado para o enriquecimento dos empresários e dos políticos.

A forma utilizada de montar o futuro governo segue o tradicional jogo sujo da política brasileira com a distribuição farta dos cargos públicos entre correligionários. O povo trabalhador só foi chamado para votar e agora é alijado de qualquer participação política. Os trabalhadores, os funcionários públicos, os movimentos sociais e as categorias organizadas não foram consultados.

Um governo comandado pelo PSTU seria diferente

O PSTU montaria o governo se apoiando na ampla participação dos trabalhadores e dos movimentos sociais. Não aceitaríamos a participação de ex-membros dos governos Roriz e Arruda, nem a participação do empresariado. As Secretarias e as empresas estatais seriam dirigidas por Comitês e funcionários de carreira eleitos pelos próprios trabalhadores e servidores públicos. Os cargos públicos do estado não seriam de propriedade dos partidos e sim de todo o povo trabalhador que, de forma direta, decidiria os objetivos do governo e os gastos do orçamento. As verbas públicas não seriam desviadas para enriquecer os políticos e os empresários. Seria um governo dos trabalhadores para os trabalhadores.

A composição da futura equipe de governo montada por Agnelo (PT) indica que será mais um governo marcado pelo poder dos grandes empresários da cidade. Nós do PSTU achamos que não será um governo dos trabalhadores. Os trabalhadores devem confiar somente em sua própria força organizada e mobilizada para conquistar suas reivindicações. Em suas lutas os trabalhadores encontrarão o apoio incondicional do PSTU que desde já se coloca como oposição de esquerda ao futuro governo Agnelo-Filippelli.

DF, dezembro de 2010.

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