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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Carta a(o)s LGBTTTs da UnB

As ameaças que todos nós estamos sofrendo não é novidade para ninguém. Há anos sabemos que existem neonazistas em Brasília, o próprio Correio Brasiliense afirmou que eles estão presentes em nossa cidade há 30 anos. Todavia, as coisas tomaram outras proporções, nossa Universidade está mantendo suas atividades sob medo e desconfiança mesmo a pós a prisão do ex estudante Marcelo.

Várias atitudes têm sido tomadas, muitas delas controversas. Sabemos que na hora do caos as autoridades legitimam o uso da violência sem escrúpulos para manter a chamada “ordem”. A pergunta que nos fica, e agora? Quem irá nos proteger e tomará as atitudes cabíveis? O Chapolin Colorado que não vai ser, ou a reitoria, e muito menos a polícia homofóbica, machista e racista. É chegada a hora de relembrarmos Stonewall e o movimento LGBTTT combativo, que não se calou diante do medo. Nós fazemos a nossa própria história, vamos virar o jogo contra a homofobia, vamos mostrar que @s sexo diversos da UNB, não vão se calar e nem se amedrontar diante dessas ameaças. Convoco a tod@s para participarem de uma reunião extraordinária no mezanino norte nesta quarta feira, 15/04/2012 as 12 h.

Não tomar nenhuma atitude nesse momento é favorecer o mais forte, e achar que nada vai acontecer, que são apenas ameaças que nos cercam, são atitudes irresponsáveis e de pouca compreensão da conjuntura que vivemos. As falas de Silvio Koerich (o blog que continua ameaçando um atentado contra os LGBTTT) alimentam o ódio, dialogam e reafirmam a expressão dominante do pensamento homofóbico de nosso país. 

Vivemos num país em que a homofobia não é crime, pelo ao contrário, é socialmente aceita e legitimada pelas instituições de poder. A homofobia nesse país é organizada, a “marcha pela família” contra a PLC 122 conseguiu movimentar um contingente muito maior do que a “marcha contra a homofobia”. Não é momento de ficar de mãos cruzadas, se conseguimos fazer a maior parada gay do mundo, se conseguimos aglutinar vários sexo diversos em shows, happy hours, festas e casas noturnas, também podemos levar nosso seguimento á luta para transformar esta sociedade que está na barbárie. Se Harvey Milk nos disse para darmos esperanças, está na hora de darmos ações combativas!
 
PS: Como a reunião é no horário do almoço sugiro que não se atrasem e que tragam alimentos para um lanche coletivo.

por Hyago Brayhan Pires Batista

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