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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Abaixo as mesas de negociação permanentes!

O governo Agnelo criou uma mesa de negociação permanente com as entidades sindicais dos servidores do seu governo com o objetivo de discutir as questões trabalhistas. O objetivo, com essa mesa, é substituir a mobilização do conjunto dos trabalhadores por um grupo de sindicalistas e representantes do governo que se reunirá por tempo indeterminado, sem objetivos muito claros.



Essas mesas já foram implantadas no governo Lula para os servidores federais, e o resultado é que não se teve nenhum resultado! Nenhuma reivindicação dos servidores foi atendida pelas mesas de negociação permanente e dezenas de grupos de trabalho que foram criados.


Os baixos reajustes que os servidores federais conquistaram nos últimos anos foram fruto de duras greves e mobilizações. O governo usa as mesas para justificar que está negociando e fazer com que as greves sejam questionadas na justiça, com punição para os grevistas em muitas das vezes.


Essas mesas são usadas pelos diversos governos federal, estaduais e municipais para cooptar o movimento e atrelar as entidades sindicais ao Estado, eliminando a independência nas negociações.


A primeira luta que essas mesas de negociação tentam desviar é a luta dos professores aprovados em concurso público, e que foram “desconvocados” no ínicio deste ano. Os mais de 1100 professores correm o risco de serem ignorados, uma vez que o governo acenou que contratará apenas 400, dos 1500 inicialmente convocados.


Não podemos depositar nenhuma confiança nessas mesas de negociação do Agnelo. Essas mesas permanentes de negociação podem parecer uma vitória, mas ainda vão se voltar contra os trabalhadores. Somente com lutas e mobilizações vamos alcançar nossas reivindicações. Queremos sentar para negociar com o governo, e com data marcada para começar e concluir, e com pautas de reivindicações bem definidas.

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