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domingo, 18 de julho de 2010

Diferença de Roriz e Agnelo diminui

Pesquisa do Instituto Dados ouviu 3 mil pessoas em todo o DF e mostra que a vantagem entre os dois principais candidatos diminuiu. Na espontânea, diferença cai para menos de 4 pontos

http://comunidade.maiscomunidade.com/conteudo/2010-07-17/politica/3824/DIFEREN

Na primeira pesquisa publicada pelo Instituto Dados depois das convenções partidárias e do registro das candidaturas, a vantagem que Joaquim Roriz, candidato do PSC em coligação com mais oito partidos, tem para Agnelo Queiroz, do PT, foi reduzida em relação a todos os cenários anteriores.
O estudo foi realizado entre os dias 10 e 15 de julho e entrevistou 3 mil pessoas. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 1,8% para cima ou para baixo. A pesquisa é uma parceria do Instituto Dados com o Jornal da Comunidade. Mensalmente até às vésperas das eleições, o instituto fará novas pesquisas, que serão divulgadas pelo Jornal da Comunidade, pelo jornal Coletivo e o portal Mais Comunidade (www.maiscomunidade.com).

O candidato Joaquim Roriz obteve, na pesquisa estimulada, onde é fornecido um cartão para o eleitor com os nomes dos candidatos, índice de 36,3% das intenções de voto. Agnelo Queiroz aumentou sua intenção em relação às outras pesquisas do instituto, chegando pela primeira vez à marca de 27,5%. A diferença caiu para 8,8 pontos percentuais.
style='font-family:Verdana; font-size:10pt'>O terceiro colocado é Antônio Carlos de Andrade, o Toninho do PSOL, que tem feito intensa campanha nas ruas nessas duas primeiras semanas. Mesmo assim, ele obteve apenas 2,2%, índice suficiente para lhe garantir distância para o quarto colocado, mas que é muito próximo do que Toninho já vinha obtendo nas outras pesquisas.

Em seguida, aparecem Eduardo Brandão, do PV, e Rodrigo Dantas, do PSTU, ambos com 0,6%. Ricardo Machado, do PCO, vem em seguida com 0,3% e Newton Lins, candidato do PSL teve 0,1%. Frank Svensson, candidato do PCB que teve problemas no registro de sua candidatura, não apareceu na pesquisa. Ele ainda não iniciou sua campanha, pois está com problemas relacionados à documentação, além de ter entregue seu pedido de registro de candidatura ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com atraso de vinte minutos.

Dos candidatos a governador, dois deles têm contra si pedidos de impugnação de candidaturas. O caso mais notório é o de Joaquim Roriz que, entre outros processos, é considerado ficha suja pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). O PSOL, o PV e, posteriormente, o procurador geral eleitoral Renato Brill entraram com pedido de impugnação da candidatura do ex-governador, que tenta um quinto mandato à frente do Palácio do Buriti. O outro candidato ameaçado é Rodrigo Dantas, do PSTU, que, segundo a Justiça Eleitoral, não saiu de seu cargo público dentro do prazo estipulado pela lei.

Infração inexistente

O PTdoB, partido da coligação de Roriz e dos primeiros a apoiar o ex-governador para as eleições desse ano, chegou a protocolar um pedido de impugnação contra Agnelo Queiroz. O assessor jurídico da coligação Um Novo Caminho, de Agnelo, afirmou que o pedido se baseava em uma infração inexistente, que teria sido cometida quando Agnelo era ministro do Esporte. Na sexta-feira, o procurador Renato Brill comprovou que o pedido do PTdoB não tinha fundamento e assinou atestado de que Agnelo está apto a concorrer às eleições.





Já Joaquim Roriz continua com sua candidatura pendurada. Pelo entendimento de Renato Brill, ele não está apto, como ficha suja, a concorrer. O TRE tem até o dia 5 de agosto para julgar o pedido de Brill de impugnação de Roriz. Depois, caso o resultado seja desfavorável a Roriz e ele queira recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça terá até o dia 19 de agosto para dar um parecer final. O cenário mais provável é que, de fato, essa questão só seja resolvida nesse dia.

Entre os entrevistados, 17,8% responderam que não pretendem votar em nenhum dos candidatos, e 14,5% ainda não escolheram seu candidato.

A pesquisa do Instituto Dados foi registrada no TSE sob o número 9.136/2010 e no TRE com o 20.587/2010.

Espontânea

A modalidade espontânea da pesquisa pergunta a intenção de voto do eleitor sem fornecer o auxílio do cartão com os nomes dos candidatos. Essa costuma ser considerada, pelos especialistas, a faixa de votação consolidado do candidato. Ela é especialmente importante antes do início do horário eleitoral na TV e no rádio, quando o tempo de que cada coligação dispõe passa a ter um peso enorme.

Roriz é o líder na pesquisa espontânea, obtendo 18,3% das intenções de voto. Agnelo fica pouco atrás, tendo sido mencionado por 14,5%. O resultado no limite da margem de erro pode ser considerado um empate técnico, ainda que esteja evidente uma leve vantagem para o ex-governador.
Toninho do PSOL também ficou em terceiro na pesquisa espontânea, tendo alcançado a marca de 0,6%. E nesse caso, o candidato do PSTU, Rodrigo Dantas, passa para a quarta colocação, com 0,3%, à frente de Eduardo Brandão, que ficou com 0,1%.

Dentro dessa modalidade, mais de 60% dos entrevistados não souberam responder em quem votariam, em um indício de que a eleição ainda não tomou conta do cotidiano de conversas e reflexões das pessoas.

Cada um com seu público

É patente que a vantagem de Joaquim Roriz está calcada na faixa de população com menor renda. A diferença entre Roriz e Agnelo se inverte à medida que a renda do entrevistado aumenta. Na população que ganha até um salário mínimo, por exemplo, onde Roriz tem maior diferença para Agnelo, o ex-governador tem 45,2% de intenção de votos, contra apenas 20% de Agnelo.
Já entre os que ganham acima de 20 salários mínimos, a maior faixa de renda que a pesquisa abrange, Agnelo ganha com folga de Roriz. O petista tem 37,8%, contra 21,8% do ex-governador.

Rejeição

Um dos itens mais importantes pesquisados é a rejeição que cada candidato tem. Quando perguntados em qual dos candidatos o entrevistado não votaria de jeito nenhum, Joaquim Roriz também lidera. Ele obteve 25,4%, índice bem superior ao de Agnelo, em quem 13,6% das pessoas não votariam. Em empate técnico com Agnelo nesse quesito está Toninho, que marcou 12,1% de rejeição.

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