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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

“Ô Agnelo não vá arrudear, contratação já!”

Ato público exige a contratação dos aprovados em concurso para a Secretaria de Educação

A Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal publicou em seu site oficial a lista de convocação de 1545 aprovados no concurso para professor da rede pública de ensino, e algumas horas depois retirou a convocação do ar, e cancelou as nomeações.

A secretaria de Educação publicou o edital e a Secretaria de Fazenda do DF deu orientação contrária em função de falta de verbas no orçamento. O que está por trás dessa lamentável atitude é a demonstração de que a educação pública de qualidade não é prioridade para o governo. Existe uma carência enorme de professores na rede pública, e ao mesmo tempo que cancela a contratação de 1500 concursados, realiza concurso para contratar 6,5 mil professores temporários. Na prática, querem ampliar a contratação de temporários por ser uma mão-de-obra mais barata, uma vez que os temporários não têm todos os direitos dos professores efetivos. Trata-se de uma precarização do trabalho docente.

Nesta segunda-feira os concursados deram a sua resposta. Cerca de 350 professores realizaram um ato público realizado hoje em frente ao Palácio do Buriti (sede do Governo do DF). A mobilização dos professores foi a resposta ao descaso do governo. O movimento organizou uma comissão dos concursados, que organizou a mobilização, e que tem pressionado as entidades a se mexerem, principalmente o Sinpro-DF e o Sinproep. A manifestação chegou a fechar o Eixo Monumental durante alguns minutos, liberando depois algumas faixas da pista.



Durante o ato o sindicato dificultava o acesso dos professores concursados ao microfone e em nenhum momento incentivava a mobilização. Preferiam colocar músicas em alto volume enquanto o governo dava um “chá de cadeira” para esvaziar o movimento. O governo, por sua vez, queria apenas receber os dirigentes sindicais, se recusava a receber qualquer membro da comissão dos aprovados.

Ou seja, o governo não aceita comissões de base independentes, que podem escapar do controle, quer desmoralizar essas comissões e negociar apenas com quem ele sabe que pode contar para conter as lutas.

Depois de certo tempo acabou cedendo e aceitou a participação de uma pequena representação de três professores concursados. Como resultado da mobilização o governo se comprometeu a apresentar na segunda-feira, dia 31-01 um cronograma de contratações. Mas não definiu quantos nem em que data.

Não foi dada ainda nenhuma garantia de atendimento da reivindicação de convocar os 1545 aprovados no concurso. Por isso, é preciso seguir lutando e exigindo do Governador Agnelo, que não arrudeie, que contrate imediatamente os aprovados.

Assim, está marcado um novo ato para segunda-feira dia 31, para receber a resposta do governo.



Os professores concursados devem ser nomeados: é um direito e uma necessidade para a escola pública. Chega desse jogo de faz de conta de chamar os aprovados! É uma falta de incentivo à carreira do magistério. É vergonhosa a falta de respeito do governo Agnelo com os professores. Nós do PSTU exigimos a nomeação já dos professores aprovados no concurso de 2010, e chamamos todas e todos a apoiar a reivindicação.

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