1. A principal causa da violência urbana no DF e no Brasil é o desemprego, que afeta sobretudo a juventude e a população pauperizada da periferia dos grandes centros urbanos e no DF atinge cerca de 15% das pessoas. Ali onde não há perspectivas de trabalho e vida digna, a violência se torna para milhares de pessoas seu único meio de sobrevivência. Não há como resolver este problema com mecanismos puramente repressivos.
2. A violência, antes de ser uma questão de polícia, é uma questão social, e assim deve ser tratada. Para isso, investiremos pesadamente na educação pública de qualidade em tempo integral e serviços públicos de qualidade, e implantaremos um grande plano de obras públicas para a construção de milhares de moradias populares, escolas e hospitais, que propiciará trabalho e salário digno para milhares de pessoas.
3. Outra medida importante é a desmilitarização da polícia e a legalização das drogas. Nosso programa nacional prevê a dissolução das polícias existentes e a construção de uma polícia civil unificada, que tenha seus chefes eleitos e controlados pela população nos bairros e comunidades em que ela atuar. Nosso programa nacional prevê a legalização das drogas, pois sabemos que o domínio articulado do comércio de drogas e de armas pelo crime organizado é uma das principais causas da violência urbana, da violência policial e da corrupção institucionalizada da polícia e dos agentes públicos no país. A espiral de violência e corrupção determinada pela criminalização das drogas mata muito mais gente do que todas as drogas lícitas e ilícitas juntas!
4. No DF, como não poderemos desmilitarizar a polícia nem legalizar as drogas, o centro de nosso programa será colocar a polícia sob controle da população. A população de cada comunidade, organizada em conselhos populares, elegerá os chefes da polícia e participará da elaboração e da fiscalização dos planos de segurança em cada bairro do DF. A melhor forma de elaborar um plano eficaz de segurança pública é envolver em sua elaboração, execução e fiscalização o conjunto da população, que através dos conselhos populares que criaremos em cada cidade terão poder de eleger as administrações locais e os chefes de polícia e decidir sobre o orçamento destinado a região.
Rodrigo Dantas
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